Mulher. Negra. Latina. Atriz. Roteirista. Produtora Cultural. Brasileira e migrante em Portugal em 2019. Psicóloga por formação acadêmica e exercício comunitário. A partir de 2013 leva para o Teatro seus estudos sobre o Sagrado Feminino em Exclusão, Memória Ancestral e entrega-se ao ofício de escrever e atuar com uma narrativa poética em forma de lamento, resistência e afirmação da nossa singularidade cultural, fortemente influenciada pelo teatro antropológico.
Tudo começa com o trabalho de imersão no Teatro do Oprimido através da Formação Continuada no Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel, compondo elenco e produção dos espetáculos Polo Marginal – Opereta de Rua; Recortes de Luna; e, montagem inacabada da poesia de França, dentro da Trilogia dos Escritores Pernambucanos. Valiosa experiência vivida entre 2013 e 2016, quando funda e integra a Trupe Arte na Mochila, para onde escoa e ecoa criações coletivas com trabalhos em Teatro de Rua, Audiovisual e Música Autoral na Praça. Logo passa a assinar roteiros cênicos, direção de arte e produção executiva independente (sem incentivo público ou privado) em alguns espetáculos e curtas metragens da Trupe, tais como: Entre Mares e Marias – Inspirado Brecht enquanto poeta; Abarca-me!, espetáculo de rua que circulou por cinco cidades europeias em Tournée no ano de 2017. Para 2018 e 2019, a Trupe apresentou o Espetáculo de Rua Tango en Trapos em diversas cidades de Pernambuco. No Audiovisual, atua, produz e realiza direção de arte em dois curtas metragens Sobre o Esquecimento (2017) e (SUB)Imersa (2019). Em 2022, prepara o lançamento do terceiro curta: Diasporá.
Com olhar dedicado ao estudo do Teatro Antropológico, toma como base o corpo e a voz em sua íntima relação com a emoção, a identidade negra e a ancestralidade, a pincelar com cor e arte a vida que nos é negada. Escreve sua poética de resistência como um manifesto contemporâneo para expulsar de vez os esmagadores das margaridas.